quinta-feira, 3 de abril de 2008

Fichamento do texto 2

Fichamento do texto N° 2: “O Capitalismo Unifica o Homem”

O tempo das certezas: século XX

Francisco Falcon

Falcon inicia seu texto explicitando os argumentos que usará para explicar o processo de unificação do mundo através do capitalismo, sendo a globalização um estágio dessa unificação, pois ela aproxima as mais diversas culturas. No desenvolvimento de seu texto, ele apresenta o capitalismo como pano de fundo da historia contemporânea e o analisa por seus variados ângulos.

É proposta a indagação do surgimento do capitalismo no século XVI, sendo caracterizado pelo comercio de escravos, a expansão marítima e a interligação de nações. O autor vai contra argumentar essa teoria dizendo que não é a existência de mercado que caracteriza o capitalismo, e sim, o tipo de mercado dinâmico ligado à produção de mercadorias. Na sociedade pré-capitalista não se produz mercadorias, produz-se bens que depois podem ser trocados por outros bens; dinâmica pontual e limitada.

Para ele, o capitalismo surge com a Revolução Industrial, o que se tinha antes eram elementos capitalistas e não uma sociedade capitalista como se vislumbra depois de referida Revolução.

Na era do capitalismo industrial, a partir do século XIX, que por vários motivos é comumente dividida em duas fases: do final do século XVIII até mais ou menos 1870; a segunda fase vai de 1870 à 1914, ( a primeira corresponde propriamente a denominação de “ Era do capitalismo” a segunda é geralmente aplicada à designação de “Era monopolista e imperialista” ). É possível detectar uma insurgência de revoluções liberais e burguesas, como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.


A Revolução Industrial, que é a arrancada do “capitalismo industrial”, começa na Inglaterra e traz grandes transformações nos modos de produção e relações de trabalho; o trabalhador passa a ser um assalariado que por vezes cumpre até 16 horas de trabalho na fabrica.

Na primeira metade do século XIX a questão da liberdade é a que ganha maior ênfase, e nesse momento, trata-se de conquistá-la e defendê-la dos adversários reacionais. Esses liberais lutam por uma constituição que lhes assegurem seus direitos individuais, contudo, esses direitos são restringidos pelos próprios liberais na hora de definir quais são os “cidadãos” eleitores e elegíveis; pois o que os definem são requisitos censitários.

Nesse momento, surge também a questão do nacionalismo e a idéia de construção de nação, no entanto, há problemas políticos e culturais para essa construção, por exemplo: restaurar a língua nacional; resgatar uma literatura ou produzi-la; recuperar a cultura popular e a história nacional. Esses movimentos nacionalistas ameaçavam mais a soberania de alguns estados europeus do que os movimentos liberais.

No entanto, não se trata de uma Europa homogênea ou em iguais níveis de desenvolvimento capitalista, há diferenças econômicas e sociais gritantes entre muitos de seus “países”, como Espanha e Rússia que apresentam o mesmo entrave ao desenvolvimento capitalista: o problema fundiário.

Puderam-se perceber durante o texto as conquistas de uma burguesia empreendedora e eficiente, que pôs ao seu serviço os recursos econômicos capitalistas e a tecnologia em rápida expansão.

Nenhum comentário: