terça-feira, 3 de junho de 2008

Texto 5

Fichamento do texto N° 5: “O século XX”

O colonialismo como glória do império

Edgar de Decca

O capitalismo é um sistema de constante expansão que se dá de várias maneiras, dependendo do momento histórico em que esteja: através da ampliação dos mercados colônias, dos domínios territoriais, culturais e econômicos. No século XIX essa expansão era geográfica, no século XX e XXI ela se dá através dos setores da economia.

Sendo assim, a história do colonialismo pode ser pensada como fruto da ação e expansão do capitalismo e não só como uma ampliação da cultura européia. Se as fronteiras nacionais, até então, eram a base de sustentação do Estado, a força do capitalismo industrial fazia pressão para que essas fronteiras fossem rapidamente rompidas e expandidas numa proporção jamais vista, nesse sentido, é possível vislumbrar que o capitalismo vai existir em escala cada vez menor no século XX.

Todos os territórios que pudessem representar a abertura de novos mercados e domínios de fontes estratégicas de matéria-prima passam a ser prioritário para a burguesia dos Estados expansionistas.

Nesse sentido, entende-se a importância, de um ponto de vista capitalista, da colonização da África e da Ásia, contudo, a conquista desses territórios não foi tão rápida, simples e fácil como parece. Em muitos casos houve resistência dos nativos, que não consentiam com a dominação estrangeira, foi preciso a utilização de um aparato militar e de uma inovação da Revolução Industrial decisiva na supremacia “bélica” dos Estados europeus sobre os outros: a arma de fogo.

Entretanto, é importante não pensar o colonialismo como processo da história dos povos invadidos, visto que, enxerga-lo assim, é ver a história do terceiro mundo através de um ponto de vista europeu. Vale ressaltar, ainda que, discutir o processo colonialista é falar sim sobre a invasão da África e da Ásia, a destruição de suas culturas, mas pensar somente assim é insuficiente, pois, essas destruições culturais aconteceram também dentro da Europa.

Todavia, o colonialismo não se reduz a uma mera expansão comercial, mas também territorial, em vista, inclusive, da própria lógica capitalista, e da importância do valor geopolítico nesse momento, pois, através dessas conquistas, poderiam as outras nações terem uma idéia da força bélica da potência conquistadora.

É pertinente frisar que a expansão não se dava apenas pela força do mercado ou militar, havia pactos colônias com as, já existentes, elites de poder local que frequentemente se aliavam às elites colonizadoras.

Ou seja, o processo de colonização é complexo e cheio de contradições, pois, ao mesmo tempo que se utiliza do poder bélico e econômico para dominar territórios, também faz uso de acordos coloniais. Essa contradição se dá, ainda, em maiores proporções, tendo em vista que, apesar da competitividade internacional das potências industriais acontecerem em meio à “paz”, culminou na primeira Guerra Mundial (1914-1918).


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